RESENHA
Museus vituais – Webmuseus – Cibermuseu – Museu digital
Rogerio Carlos Petrini de Almeida1
O artigo da autora Loureiro, temo como tema principal a criação de museus no ambiente da internet. Criados em sítios que permitem sua visitação a qualquer tempo, criados sem o equivalente físico, ou com acervos de reproduções digitais, sugerindo a idéia de informação e não mais de materialidade dos lugares e objetos.
A autora registra que a definição de museu, dada pelo ICOM – se relaciona a museus enquanto instituição, mas reconhece outras formas que integram categoria tais com: sítios naturais, arqueológicos, históricos, jardins botânicos, como também um reconhecimento da “atividade criadora digital” como objeto da museologia, atestando a imaterialidade da coisa e integrando o museu virtual na categoria.
No tocante ao espaço musealizado a autora relata que a idéia de museu está construída sobre os elementos objeto/espaço/informação, lembrando que informação é uma palavra fora da definição de museu que teve designíos variados até o seculo XIX, quando enraíza seu uso aos prédios que abriga coleções. A materialidade do objeto musealizado necessita de um espaço, e, este é buscado em prédios público, históricos e palácios, adaptados ao seu funcionamento. Ao espaço está associada a palavra templo desde o seu primórdio passando por uma antologia ao cofre onde se abriga com segurança a memória. Mesmo nascendo conceitos de espaços abstrato se mantém o sentido de museu como o carácter sagrado. Ao museu é conferido os aspectos de estabilidade, durabilidade e constância dado o carácter institucional e a uma necessidade fundamentalmente humana de preservação. Por fim descreve o ciberespaço um ambiente de leitura, navegação em dispositivos hipermidiáticos, com portais de acesso para uma realidade independente e autônoma ao mundo físico.
Aparato informacional analogia ao museu, proposto pela autora procura estabelece uma relação de máquina e o papel ativo de produtor de informação, a qual ultrapassa a função de mediador e o define assim:
Qualquer organização/ambiente construído com a intenção de produzir, processar e transferir informações que reúna (física ou virtualmente), conserve, documente, registre, pésquise e comunique evidências(materiais ou imateriais) das pessoas e/ou de seu meio ambiente, por meio originais ou reproduções de qaulquer natureza, mantendo interface com a sociedade de modo a propiciar visibilidade/acesso às suas coleções e informações.
A internet e a WEB potencializam a criação de ambientes voltados a disseminação de informações e a construções de museus digitais. Para webmuseus a autora registra a seguinte definição, especificamente como webmuseu de arte sendo com “sítios construídos e mantidos exclusivamente na WEB, destinado a reunir virtualmente e a expor obras-de-arte geradas originalmente por processo síntese, ou por meio de cópias digitais, obras-de-arte que existem ou existiam no espaço físico”.Ressaltando em seu texto o museu digital quanto a sua imaterialidade e ao espaço desterritorializado possibilitado pela internet.
O texto nos revela a importância deste espaço virtual, que está crescendo com múltiplos nomes: netmuseus, cibermuseu, webmuseus projetando informações antes com restrições territoriais e necessidade da presença no espaço físico, agora como proposto, fica como aparato informacional.
REFERÊNCIA
LOUREIRO, Maria Lucia de Niemeyer Matheus. Webmuseus de arte: Aparato informacionais no ciberespaço. Revista Ciencia da Informação. Brasilaia, v 33 n. 2, p.97-105, maio/ago. 2004.
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